São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997 |
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Bahia adota capoeira para treinar drible de jogadores
FERNANDO ITOKAZU
"A capoeira desenvolve um gingado tipicamente baiano que é muito útil na hora dos dribles", afirma Nelsival Menezes, superintendente das divisões de base, ex-preparador físico do time principal nos anos 70. Quando o projeto estiver totalmente implantado, 200 jogadores, de 11 a 16 anos, terão duas aulas de 90 minutos cada por semana. "Estamos começando com as categorias menores e, dependendo dos resultados, podemos estender a atividade para os juniores e, depois, para os profissionais." Sob a orientação dos professores Jocevaldo Lima e Aleksandro Pereira, três monitores da Universidade Católica de Salvador orientam os atletas. Cecília Maira Fernandez Cruz, uma das monitoras, lista uma série de benefícios da capoeira. "Ela melhora a capacidade aeróbica, a resistência muscular localizada, a flexibilidade, o reflexo, a visão periférica e, principalmente, a capacidade de realizar movimentos com os dois lados do corpo." Segundo Cecília, alguns dos jogadores só chutam com a perna esquerda ou a direita. "Com a capoeira, vamos ajudá-los também a utilizar a outra." Juan Carlos, preparador físico das equipes mirim e infantil, diz que os atletas terão mais facilidade de chutar com o pé fraco e os choques serão menos traumáticos. "Eles aprenderão a cair." Para os atletas -a maioria mora nos alojamentos do clube-, a atividade une o útil ao agradável. "Vamos preencher o tempo com uma atividade muito legal", disse Djair, 15, meia do infantil. O capitão do time, o volante Cleiton, 15, é um dos novatos. "Estou ansioso para começar. As turmas que já tiveram a aula disseram que é muito bom." Desfalques O time profissional do Bahia enfrenta hoje o Criciúma, em Santa Catarina. O goleiro William Andem e o atacante Guga são as dúvidas do técnico Jair Pereira. Contundidos, William Andem e Guga deverão ser submetidos a um teste momentos antes do jogo. O novo técnico do Criciúma, Pepe, disse estar empolgado para o jogo de estréia. Na escalação, a única dúvida é na meia-esquerda, entre Luciano e Augusto, que está com problemas físicos. Colaborou a Agência Folha em Salvador e em Florianópolis Texto Anterior: Uruguaios pensam em 2002 Próximo Texto: Disciplina faz parte de curso de árbitros Índice |
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