São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Maçarico
Expert em lixo, gás, energia e pós-graduada em engenharia ambiental pela Escola Politécnica Federal de Lausanne, Suíça, a baiana de Salvador Iêda Correia Gomes (foto) se deu bem mesmo foi em São Paulo. Foi passando por diversos cargos ao longo de 18 anos na Comgás que acabou aterrissando na presidência. Sem dar nem tchuns para qualquer tipo de preconceito, a moça acha que o maior desafio de pilotar uma estatal é prestar bons serviços, fazendo-a crescer sem tantas amarras burocráticas. E vai fundo na defesa da privatização, alegando que o governo não é um bom dono de empresas.
*
O que está à beira de uma explosão?
Acomodação, indiferença e falta de planejamento são combustíveis que, misturados, podem provocar estouros.
Nem luxo ou nem lixo?
Reciclagem -com ela até no lixo se encaixa o luxo.
O que é melhor cru do que assado?
Uma verdade nua e crua vale mais do que uma mentira bem assada.
E se o gás acaba?
Essa é a vantagem do gás: além de natural, nunca termina.
O que já passou do ponto?
O preconceito contra mulheres que vão à luta e se são bem-sucedidas.
Como manter acesa a chama?
Com suprimento contínuo de humor, shiatsu e muita reza para o anjo da guarda.
Dá para privatizar energia?
Sim -desde que a chama não fique só para uso privado.
Quem mandaria a leilão?
Puxa-sacos, prepotentes e incompetentes.
O que precisa de total reciclagem?
A mania que as pessoas têm de reclamar, esquecendo de dar sua contribuição diária para que as coisas melhorem.
Quando o fogo se apaga....
Vá para a serra da Bocaina e acenda o fogão a lenha.
O que sempre sufoca?
A triste conclusão de que o dia só tem 24 horas e o fim-de-semana, dois dias.

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