São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 1997
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Solução é vacina, afirma inglesa

LUCIA MARTINS; JAIRO BOUER
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A HAMBURGO

Cerca de 90% dos doentes de Aids estão em países em desenvolvimento, cujos governos não podem pagar pelo tratamento com o coquetel. A solução é o investimento em novas terapias, principalmente o desenvolvimento de vacinas. Essa foi a análise da pesquisadora inglesa Frances Gotch, do Hospital de Westminster (de Londres), que trabalha com 4.00 doentes.
A sueca Bretta Wahren também defendeu mais investimentos em pesquisas de vacinas. Hoje, ela trabalha com 850 soropositivos que já tomam vacinas terapêuticas -que servem para elevar o potencial imunológico dessas pessoas.
Essas vacinas -feitas com vírus morto- ajudam a melhorar o quadro do paciente, mas não representam melhora considerável.
Mas vacinas para prevenir a infecção ainda estão longe de ser produzidas. A maneira mais fácil de fazê-las seria por meio de testes em pessoas não-contaminadas. Mas, como não há garantias de que esses testes seriam seguros, isso ainda não é feito. A médica sueca é contra a realização desse tipo de teste. "É muito arriscado." Para ela, uma vacina que previna a Aids está longe de ser uma realidade.
Em vez de vacinas que utilizam vírus mortos ou atenuados -e que trazem riscos de "aparecimento" da doença-, o pesquisador Francês Luc Montagnier, do Instituto Pasteur (Paris), prefere vacinas que usem genes do HIV que controlam o processo de replicação do vírus.
(LM e JB)

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