São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 1997
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Guarda de BH usa tapa-ouvido na rua

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Guardas de trânsito de Belo Horizonte estão usando, desde a semana passada, tapa-ouvidos para protegê-los dos níveis de ruído a que estão submetidos.
Uma pesquisa, realizada por dois alunos da Academia da Polícia Militar de Minas Gerais no centro da capital mineira, mostrou que a exposição pelos guardas ao barulho alcança médias entre 85 a 87 decibéis.
O capitão Adriano Starling Mosci, coordenador do Serviço de Medicina do Trabalho da PM e um dos autores da pesquisa, diz que outros trabalhos mostram que os níveis de ruído são ainda mais altos nos principais corredores de tráfego da cidade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a exposição diária e prolongada níveis acima de 75 decibéis pode provocar perda da audição, estresse, insônia, aumento da hipertensão arterial e riscos de doenças cardiovasculares.
"A diferença entre 85 e 75 decibéis representa um aumento de mais do que o dobro da pressão sonora sobre os ouvidos", diz.
Nos horários de pico, os guardas chegavam a ser submetidos a até 125 decibéis, um nível mais alto do que é permitido pela legislação brasileiro para trabalhadores sem proteção nos ouvidos.
Os tapa-ouvidos, ou protetores auriculares, foram distribuídos inicialmente a 160 guardas da 2ª Companhia do Batalhão de Trânsito de Belo Horizonte.
Eles participaram de palestras sobre a importância do uso dos protetores e, depois de 15 dias de teste, o uso será reavaliado para sua implantação definitiva em todo o batalhão de trânsito de BH.
"Queremos saber se os protetores trazem alguma dificuldade no trabalho ou de comunicação para adequar seu uso ao dia-a-dia", explica o capitão Mosci.

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