São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 1997 |
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Sem investir, Tuna é sensação da Série B
ESTANISLAU MARIA
A exemplo de Vasco e Lusa -times ligados à comunidade portuguesa bem colocados na Série A-, a Tuna surpreendeu. Disputou 11 jogos e ganhou 5. Empatou quatro e sofreu duas derrotas. Azarão que queria apenas evitar o rebaixamento, a Tuna derrotou o Remo por duas vezes e o Paysandu com uma goleada de 4 a 0. Sem torcida nem estrelas no time -os salários não passam de R$ 1.500,00-, a equipe também não tem patrocinador. A alternativa é investir na escolinha de futebol. Lá, jogam quase 2.000 garotos com idades de 7 a 18 anos -do pré-mirim ao júnior-, acompanhados por oito técnicos e um preparador físico. De lá, saíram craques como Giovanni (Barcelona) e Arinelson (Santos). Sete jogadores do time atual chegaram emprestados a custo zero. Os outros 22 saíram da escolinha. Detalhe: esse time foi renovado, porque nove titulares revelados no ano passado já foram vendidos ou emprestados. Mais juniores devem ser promovidos porque alguns titulares têm propostas para sair. Na escolinha, não há peneiras. O que existe é um convênio com as Secretarias Municipal e Estadual de Educação. O clube oferece campo, instalações e equipamentos aos alunos de rede pública, que mantém os profissionais. Além disso, alguns alunos pagam mensalidade de R$ 15. Essa verba mantém a escola funcionando e a fonte de craques da Tuna. "Da quantidade, tiramos a qualidade", diz o técnico dos juniores, Samuel Cândido. Texto Anterior: Veja o que pode mudar com a nova lei Próximo Texto: Clube quer continuar lucrando com fim do passe Índice |
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