São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 1997
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EUA combatem fobia de computador

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O mundo funciona à base de computadores. Em certo sentido, eles dirigem o mundo. Mas esse progresso tecnológico todo tem um preço: um novo problema que já foi batizado por psicólogos de "fobia de computador".
A tecnologia está presente em todo lugar: na indústria privada, no governo e nas casas das pessoas.
Para muita gente, o computador é uma máquina maravilhosa que garante o acesso a um mundo imenso de conhecimentos. Para outras, porém, é um monstro impessoal que reage a um toque errado em uma tecla.
Em nenhum lugar, a fobia de computador pode se evidenciar mais do que no governo. E ele tem literalmente milhões de máquinas.
Para Larry Irving, secretário-assistente de comércio no Departamento de Comunicações e Informações dos EUA, "há quem resista e quem se sinta intimidado" pela ênfase cada vez mais tecnológica que seu trabalho assume.
"Muita gente tem vergonha de dizer que têm medo de computadores", disse Carol Goldberg, psicóloga que faz workshops para ajudar empresas a lidar com o estresse tecnológico de funcionários.
Michelle Weil, psicóloga-clínica em Orange, Califórnia, e co-autora do livro "TechnoStress: Coping with Stress at Work, at Home, at Play" (Estresse Tecnológico -Enfrentando o Estresse no Trabalho, em Casa e no Lazer), disse que cerca de 15% das pessoas gostam da tecnologia, e 25% das outras são o que ela qualifica de "resistentes".
"Os resistentes sofrem de um nível mais alto de estresse, apresentam produtividade mais baixa, eficiência menor e mais queixas no trabalho", disse ela.
Na condição de o maior usuário de computadores no país, será que o governo viu agravado o problema de faltas entre seus funcionários devido à ênfase tecnológica das funções de trabalho?
"Desconfio que sim", disse Don Hefferman, executivo-chefe assistente de informações na Administração Geral de Serviços (AGS).
"Todos os funcionários da AGS ganharam acesso à Internet há um ano. Sabíamos que muitos se sentiriam intimidados pela Internet, mesmo pessoas que já usavam computadores no trabalho", disse.
Uma idéia foi pegar experientes para dar aulas de cinco minutos.

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