São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 1997
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Grupo é preso e acusado de matar médico da USP

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia prendeu quatro acusados de tentar roubar e de matar o médico Milton Jacob Bechara, 38. O crime aconteceu na madrugada do dia 3 de agosto, na rua Prestes João, ao lado do clube Monte Líbano, no Ibirapuera (zona sudoeste).
Segundo o delegado Osmar Porcelli, titular da 5ª Delegacia Seccional, Luciano de Souza Oliveira, Eleni Vieira, Milton Leonardo Sartri Junior e C.A.S., 17, confessaram o assassinato ao depor.
Na noite do crime, os quatro emprestaram uma Parati de Luiz Bezerra da Silva. Silva e o adolescente C.A.S. haviam-na roubado no começo do ano. Os dois foram reconhecidos na delegacia por Vagner Nashioka, vítima desse roubo.
Quando abordaram Becharam, os quatro acusados queriam roubar-lhe o carro. No Ibirapuera (zona sudoeste), eles viram o Vectra do cirurgião vascular e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Sartri Junior dirigia a Parati e Oliveira estava no banco do passageiro. Eleni e o adolescente estavam no banco traseiro, segundo a polícia. Eles teriam mandado Bechara parar dizendo: "Pare o carro, senão eu atiro".
O médico teria acelerado. Segundo a polícia, Oliveira atirou, acertando o rosto de Bechara. O médico, que participara da elaboração do plano do então candidato à presidência Fernando Henrique Cardoso para a área da Saúde, havia saído de seu consultório, no Paraíso (zona sudeste).
Duas testemunhas presenciaram o crime e deverão, segundo a polícia, tentar reconhecer os acusados. Foram elas que socorreram o médico após a tentiva de assalto.
Quando estava em uma cela do 56º DP, Eleni teria dito às presas que participara do crime. As presas a denunciaram depois de a acusada ser libertada. Novamente detida, Eleni teria confessado o crime e apontado os outros acusados.
Oliveira não havia sido solto. Ele, que estava sendo interrogado ontem à noite, disse que jogou a arma usada para matar Bechara num rio pouco depois do crime.
Os outros dois acusados foram presos em suas casas na Parada de Taipas (zona noroeste). Nenhum deles reagiu à prisão.

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