São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 1997
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Escândalo derrubou Bolsa do Rio em 89

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 9 de junho de 1989, o megainvestidor libanês Naji Nahas entrou para a história dos golpes financeiros do país.
A Bolsa de São Paulo caiu 5,6%, e a do Rio 4,5%, depois que estouraram na praça cheques sem fundos de Nahas no valor de 39 milhões de cruzados novos, soma equivalente a R$ 51,45 milhões.
Os cheques sem fundo começaram a aparecer depois que bancos e corretoras se recusaram a cobrir operações do investidor.
A Bolsa de Valores entrou em recesso de 24 horas, determinado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) três dias depois. Nahas e os principais envolvidos no escândalo foram impedidos pela Justiça de deixar o país.
Declínio O caso Nahas provocou o início do declínio da Bolsa do Rio. A partir do escândalo, passou a perder importância no mercado.
A Bolsa do Rio perdeu, mas Nahas parece ter ganho muito. De acordo com relatório da Bolsa de São Paulo, encaminhado à CVM em julho de 89, Nahas teria obtido um lucro de 28 milhões de cruzados novos (R$ 36,94 milhões) no dia 9 de junho, quando estourou a crise.

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