São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 1997
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Mais de 20 empresas querem a Conepar

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A venda da Conepar, holding de participações acionárias no setor petroquímico que pertencia ao antigo grupo Econômico, despertou o interesse de 21 empresas.
Foi esse o número de pedidos de informações sobre a Conepar recebidos até ontem pelo consórcio privado responsável pela venda.
Segundo apurou a Folha, além dos 13 grupos estrangeiros, mais 6 empresas internacionais têm mantido contato para solicitar informações sobre a holding.
A Conepar (Companhia Nordeste de Participações) pertencia à Esae (Econômico S/A Empreendimentos), uma das empresas do grupo Econômico, do ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá.
Depois da intervir no Banco Econômico em 1995, o Banco Central (BC) fez o mesmo com a Esae, no ano passado.
A Esae era a maior devedora do Econômico e está sendo liquidada pelo BC para cobrir o prejuízo causado pela crise financeira do banco de Calmon de Sá.
O BC emprestou ao Econômico cerca de R$ 3 bilhões somente entre dezembro de 1994 e agosto de 1995 (data da intervenção).
A venda da Conepar gera interesse devido às participações acionárias estratégicas que a holding possui no setor petroquímico.
O BC está sendo assessorado na venda da Conepar pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O consórcio privado que irá definir o modelo de venda e o preço mínimo da holding é liderado pela consultoria SBC Warburg Dillon Read, do Swiss Bank. Participam ainda o Banco Omega S/A e a Jakkpo Poyry Engenharia.
O consórcio havia dado um prazo (10 de outubro passado) para que os interessados na Conepar solicitassem formalmente informações sobre a holding.
O BNDES e o BC avaliam que o edital de venda poderá ser divulgado entre o final de outubro e o início de novembro. A venda ficaria para o final de dezembro.
Grupos petroquímicos que já atuam no Brasil, como Odebrecht, Suzano e o norte-americano Dow Química, já manifestaram publicamente interesse pela Conepar.
Comenta-se pelo mercado petroquímico que a argentina YPF, o grupo japonês Mitsubishi e a Eastman, ligada ao grupo Kodak, também teriam interesse em adquirir a holding.
O BNDES está inclinado a se desfazer dessa participação. A American Express, porém, não se manifesta sobre o assunto.

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