São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997 |
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Laudos devem estabelecer causas
EDMILSON ZANETTI
O engenheiro Valter Frederico, responsável pelo projeto de fundação dos edifícios, não quis dar entrevistas. Ele disse que só dará declarações quando houver algum laudo conclusivo. O presidente da Sociedade dos Engenheiros de São José do Rio Preto, Afonso Monteiro, disse que o fundamental é saber se houve falha no projeto ou na execução da obra. Segundo ele, que também é inspetor do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de São Paulo, o responsável poderá perder o registro profissional. Fenômeno O engenheiro Valter Edson Lázaro, responsável pela fase de acabamento do edifício, disse que a estrutura do prédio "não tinha uma falha". "Aconteceu um fenômeno (sic), só pode ser." Técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) foram convocados para estudar as possíveis causas. O engenheiro Jorge Abdanur, da Polícia Científica, disse que qualquer diagnóstico é prematuro sem um laudo técnico. Seguro O prédio que caiu estava segurado em cerca de R$ 4 milhões, segundo o advogado e engenheiro Kleber Sellmann Nazareth Duque, integrante da incorporadora que fez a fase final. Segundo ele, "existe um seguro de responsabilidade civil, que garante a solidez da obra até cinco anos". Nesse caso, os proprietários dos imóveis poderiam ser ressarcidos. Ele não informou o nome da seguradora. Só o laudo pericial vai estabelecer de quem é a responsabilidade. "Por enquanto, não sabemos. Se for da atual incorporadora, como os próprios moradores, que são sócios, vão se auto-indenizar?" O advogado orientou ontem todas as pessoas que sofreram prejuízos com o desabamento do edifício a entrar com medida cautelar na Justiça para garantir o direito à indenização. (EZ) Texto Anterior: Prédio de 17 andares desaba em Rio Preto Próximo Texto: Edifícios são de alto padrão Índice |
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