São Paulo, sábado, 18 de outubro de 1997
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Coquetel melhora estado de pacientes

Especialistas discutem medicação

DA AGÊNCIA FOLHA EM BOTUCATU

O coquetel anti-Aids melhora a saúde de cerca de 50% dos pacientes em tratamento.
A conclusão é de especialistas de cinco grandes centros de estudo da doença no Estado de São Paulo reunidos ontem na Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu (SP), no primeiro encontro para discutir o tratamento com coquetel no Estado.
Participaram do encontro representantes do Instituto de Infectologia do Emílio Ribas, do Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto, da Unicamp, do Centro de Referência e Tratamento da Secretaria da Saúde e dos institutos Butantan e Adolpho Lutz.
O coquetel começou a ser utilizado em novembro do ano passado no Estado. Especialistas de cada um dos centros apresentaram pesquisas próprias dos resultados obtidos com o tratamento de doentes com o coquetel.
Em geral, os dados são parecidos com as informações prestadas pelo professor Artur Kalichman, coordenador do Centro e Referência de Tratamento.
Entre novembro de 96 e agosto deste ano, um grupo de cem pacientes tratados com o coquetel foi acompanhado pelo órgão.
O estudo constatou que, do grupo (81 homens e 19 mulheres), 47,5% tiveram melhora de saúde, 31,3% continuaram inalterados, 21,2% tiveram piora do quadro e 5% abandonaram o tratamento.
Segundo Kalichman, foi importante notar que, entre os pacientes que continuaram com o quadro inalterado, a carga viral não aumentou, o que ocorreria se não tivessem utilizando o coquetel, levando a uma piora da saúde.
Os dados também mostraram que o tratamento consegue melhores resultados quando o coquetel é formado por três drogas em vez de duas. Em relação à monoterapia (tratamento com uma só droga, como o AZT), o coquetel se revelou mais eficaz ainda.

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