São Paulo, sábado, 18 de outubro de 1997
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Nova PM não reduz crime no fim-de-semana

DA REPORTAGEM LOCAL

O coronel Carlos Alberto de Camargo completa hoje um mês como comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo. Nesse período, o comando avalia que a criminalidade caiu no Estado.
Mas a PM sob seu comando ainda não conseguiu se mostrar eficiente para reduzir um dos crimes que se propôs a combater quando assumiu: os homicídios nos finais de semana.
No fim-de-semana anterior à posse, ocorreram 55 homicídios, número mais alto em três meses. No primeiro final de semana de Camargo no comando, ocorreram 34 homicídios. Uma das explicações para a redução foi a chuva que caiu no sábado e no domingo.
Mas, nos três finais de semana seguintes, os números voltaram aos patamares anteriores à posse. Foram registrados, respectivamente, 49, 49 e 54 homicídios.
Outra prioridade anunciada por Camargo, a realização de operações policiais para combater a violência, colocando todo o contingente da Polícia Militar nas ruas, vem ocorrendo.
Uma operação desse tipo está ocorrendo por semana no Estado. Além disso, também uma vez por semana, cada companhia da PM deve fazer uma ação específica para combater o tipo mais comum de crime na região.
Os outros crimes tabulados pela secretaria, furtos e roubos de veículos, furtos e roubos, também registraram decréscimo em setembro em relação a agosto.
Furtos e roubos de veículos e roubos tiveram redução na mesma proporção: 5,2%. Já os casos de furto apresentaram uma redução de apenas 0,5%.
Apesar de Camargo ter trabalhado 12 dias em setembro como comandante-geral, a secretaria avalia que a mudança no policiamento causou a queda. O comando da PM afirma que esses números continuam caindo em outubro.
Mesmo com essa queda, os furtos e roubos nos nove primeiros meses do ano superam os do mesmo período do ano passado.
Já os casos de homicídio e furto e roubo de veículos caíram em relação ao ano anterior.
A outra prioridade da gestão Camargo, a depuração da PM, afastando maus policiais e prestigiando os bons, também dá sinais de que começa a ser feita.
No primeiro mês, 110 PMs foram expulsos da corporação, resultado de processos iniciados na gestão anterior. A média anterior era de 50 expulsões por mês.
A reciclagem da PM, também pregada por Camargo, deve ter início em janeiro.

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