São Paulo, sábado, 18 de outubro de 1997
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Cultura exibe ciclo com filmes da Mostra

DA REPORTAGEM LOCAL

A proposta da "Mostra Internacional de Cinema na Cultura" é apresentar cerca de 30 produções ao longo de um ano -sempre aos sábados, às 22h30, com apresentação de Leon Cakoff, organizador do evento. A CNT/Gazeta também exibiu uma seleção com filmes da mostra em 1995.
A produção que abre o ciclo na Cultura, às 22h30, é "Memórias" (The Neon Bible), do diretor inglês Terence Davies. Baseado no livro homônimo de John Kennedy Toole, o filme foi foi apresentado em São Paulo na Mostra de 1995.
Com fotografia inspirada nos quadros do pintor norte-americano Edward Hooper, o filme retrata a vida de um garoto que mora em uma cidadezinha do sul dos EUA. Sua rotina muda completamente com a chegada da tia, uma ex-cantora de cabaré.
A infância do garoto, que ele revela em "flashback", inclui cenas de violência do pai contra a mãe, os assassinatos cometidos pela Ku-Klux-Klan e discursos moralistas de evangélicos.
No próximo sábado, dia 25, o ciclo apresenta o documentário "O Gênio e Excêntrico Glenn Gould em 32 Curtas" (Thirty-Two Films about Glenn Gould), que destaca a vida do pianista canadense. O filme, dirigido por François Girard, ganhou o Prêmio Bandeira Paulista na 18ª edição da Mostra.
Para o dia 1º de novembro está programado o filme "Caubóis de Leningrado Vão Para a América". No dia 8, a Cultura mostra "Libertação, 1945" e, no dia 15, é a vez de "Paisagem na Neblina", do diretor grego Theo Angelopoulos.
Na sequência, no dia 22 de novembro, começa a exibição de "Yo-Yo Ma Inspirado por Bach", uma das grandes atrações da Mostra de 97. Trata-se de um conjunto de seis filmes que traduzem em imagens a obra de Bach (1685-1750).
"Sempre pensamos em vincular a Cultura à Mostra Internacional devido a essa nossa identidade cinematográfica. Nós também nos preocupamos em mostrar filmes alternativos, fora do mercado de grande público", diz Beth Carmona, 41, diretora de programação da Cultura.
Segundo Carmona, as produções selecionadas para a Mostra sempre valem a pena -seja pela temática, pela linguagem ou por determinado diretor e ator envolvido. "É o cinema mais refinado", completa.

O colunista José Simão está em férias.

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