São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Computador ajuda a procurar solução para a questão agrária
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Organizando os pontos em comum das várias abordagens sobre a questão, a máquina produziu um roteiro que integra reforma tributária, fortalecimento da agricultura familiar e desconcentração da propriedade da terra. Em maio, oito acadêmicos e empresários se reuniram na Faculdade de Economia e Administração da USP. Seria só mais um "workshop" sobre o tema, não fosse o nono elemento: um "notebook" com um programa que ajuda a resolver problemas complexos. O software produziu ao final de oito horas de debate uma árvore com objetivos e os meios para alcançá-los. Em tese, é o roteiro necessário para equacionar a questão agrária no país. As etapas foram decididas por consenso entre os participantes. Havia opiniões próximas à dos sem-terra, como a do professor Bernardo Mançano Fernandes, autor de livro sobre o MST, e à dos proprietários rurais. Para Pedro de Camargo Neto, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira, o maior avanço do encontro foi ampliar a agenda do debate. "Não ficamos presos apenas à questão fundiária. Aprofundamos a discussão." O autor do software é o professor de Política dos Negócios da FEA-USP, James Wright, que participa dos debates operando o computador. Segundo ele, o programa já foi usado para fazer planejamento estratégico em dezenas de associações e empresas, como NEC e Antarctica. O computador organiza a discussão. Alimentado com os pontos centrais do problema, faz perguntas aos debatedores. Usando inteligência artificial, o programa tenta estabelecer uma sequência lógica para chegar à solução. Texto Anterior: Conheça as músicas mais tocadas pelo MST Próximo Texto: Sem-terra encerram megaacampamento Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |