São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997 |
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Quem descobre não consegue largar
ROBERTO FONSECA
Jovens como Henrique de Lauro Montanari, 20 (o "Edemas"), Eduardo Pinheiro, 24 (o "Du"), e Ricardo Celidonio Gomes dos Reis, 17, fazem exibições de malabarismo em praias do litoral paulista e em parques. Henrique e Eduardo descobriram a brincadeira em 96, durante uma rave (festa) na praia de Itaguaré (litoral de São Paulo). "É uma influência que veio lá de fora (Inglaterra, Canadá, França, entre outros) e está chegando aos poucos no Brasil", diz Henrique. Ele lembra que a maioria dos praticantes é jovem. Para fazer malabarismos, eles utilizam o "juggling" (brincar com bolinhas, em inglês), "clubs" (bastões), "devil's sticks" (bastão do diabo), "swing" (duas clavas), o diabolô (único equipamento lançado no Brasil, com o nome de "giro maluco") e facões. Mas os truques que mais chamam a atenção são os que envolvem fogo, especialmente se o praticante expele as labaredas enquanto cospe querosene. Aulas de circo servem para afiar as técnicas de malabarismo, desenvolvidas inicialmente por conta própria (com exceção das que incluem fogo, é claro). "Você aprende a brincar com bolinhas e bastões até em pernas-de-pau", diz Eduardo. O aperfeiçoamento dos truques, no caso deles, inclui passagens pela Europa. Henrique "estagiou" na Suíça, e Ricardo pretende aprender mais na França. O malabarismo começa a ganhar adeptos no Brasil e até a render lucros. Ricardo e Henrique faturam cerca de R$ 100 em apresentações. Também há garotas adeptas da prática, como Adriana Rodrigues Barbosa, 21. Para ela, o malabarismo está virando mania. O praticante Rodrigo Colaferri, 24, define: "Você brinca, guarda o material e logo está com ele de novo". Texto Anterior: "Oblivians Play 9 Songs with Mr. Quintron", Oblivians; "Dots ans Loops", Stereolab; "Manual Prático para Festas, Bailes e Afins, Vol. 1", Ed Motta Próximo Texto: Salada de frutas é receita para principiante Índice |
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