São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
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Turista-relâmpago exercita bolso e pernas

CHICO SANTOS
ENVIADO ESPECIAL AOS EUA

Dois dias para conhecer Nova York é muito pouco, mas, se você, por qualquer circunstância, dispuser de apenas um fim-de-semana para visitar a mais famosa cidade do mundo, programe passeio, passeio e passeio, com uma paradinha para as compras, que ninguém é de ferro.
Procure ficar em um hotel que lhe permita ver o maior número possível de atrações a pé, na ilha de Manhattan, o coração da cidade.
Uma boa alternativa é ficar entre a Quinta Avenida e a Broadway, as duas avenidas mais famosas da cidade, o que significa ficar do lado oeste da ilha (a Quinta Avenida divide Manhattan em leste e oeste), e entre as ruas 45 e 59.
Essa localização deixará o turista-relâmpago próximo -em distância de turista, é claro- de atrações como os teatros da própria Broadway, o Museu de Arte Moderna, a Times Square, a rua 46 (Little Brazil), o Radio City Music Hall, o Carnegie Hall, o Empire State Building e o Central Park.
Apesar da tentação, não vale a pena visitar museus, a não ser que eles estejam entre suas prioridades e que você não conheça nenhum outro grande museu como os que existem por lá.
Embora grande parte do comércio abra aos domingos, o melhor mesmo é dedicar a primeira parte da manhã do sábado às compras que você programou.
Se o seu foco está nos eletrônicos, os mais experientes recomendam cuidado com as lojas da Broadway, onde está a maior concentração dessas lojas.
Por via das dúvidas, eles recomendam procurar na rua 46, onde o português é quase oficial.
A pechincha também é recomendável. Se essa for sua primeira vez nos Estados Unidos, não esqueça que os preços não incluem os impostos, que, em geral, somam em torno de 6,5% ao preço divulgado.
Vale a pena uma visita à famosa loja de departamentos Bloomingdale's, na esquina da 59 com a avenida Lexington. Para as mulheres, os cremes franceses são até 40% mais baratos que no Brasil.
Para os maníacos pela tradição norte-americana do jeans, na frente há uma loja da Levi's.
Carga pesada
Na saída, suba a rua 59 em direção oeste e entre no Central Park. Se você abusou nas compras, passe no hotel para se livrar do peso.
O Central Park é uma gigantesca área verde urbana, com 843 acres (um acre tem 4.047 metros quadrados), projetado na década de 1850. Não tente conhecê-lo totalmente. Entrando uns 500 metros pela rua 59, dá para ter uma boa idéia das alamedas, lagos e enormes gramados, onde os norte-americanos praticam seu estranho futebol com bola oval.
Há sempre um espetáculo público em algum ponto, seja um show musical ou uma apresentação de focas amestradas, bem ao gosto norte-americano. Vale a pena comer um hot-dog em uma das barraquinhas. Para quem gosta, há passeios de carruagens.
O Empire State e a Estátua da Liberdade são duas atrações famosas de Nova York, mas, se você só tem dois dias, escolha uma das duas, especialmente na temporada de verão (entre junho e setembro). As filas nos acessos são enormes.
Para ter uma vista panorâmica da cidade, o Empire State é o ideal. Com seus 102 andares, ele é um observatório perfeito, com lunetas no 86º andar, utilizáveis com uma moeda de US$ 0,25.
Construído no final da década de 20, seu terraço em estilo art déco foi inaugurado em 1931 e logo virou clássico como cenário do filme "King Kong", o original.
Durante muito tempo, foi o edifício mais alto da cidade e do mundo. Continua sendo o mais charmoso e visitado, a US$ 6 por cabeça (meia a US$ 3).

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