São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997![]() |
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Lei que elimina perueiros deve ir a votação
ROGÉRIO GENTILE
Não serão permitidos novos credenciamentos. Os 1.200 pedidos de regularização já protocolados na prefeitura não serão mais avaliados, segundo o líder do governo, vereador Hanna Garib (PPB). Há cerca de 12,3 mil clandestinos na cidade, segundo os perueiros e as empresas de ônibus, ou cerca de 2.600, de acordo com a prefeitura. Anteontem, a Câmara aprovou projeto do vereador Natalício Bezerra (PTB), suspendendo o decreto da ex-prefeita Luiza Erundina que autorizou o serviço. O presidente da Câmara Municipal, Nelo Rodolfo (PPB), em nome de quase todos vereadores da bancada do governo, comprometeu-se com os perueiros credenciados a aprovar um outro projeto recolocando-os na legalidade. Na terça-feira, isso não foi possível. Rodolfo não obteve a maioria dos votos, pois vereadores da sua bancada abandonaram o plenário, por volta das 23h, depois de quase nove horas de negociações. Ontem, Rodolfo tentou novamente aprovar o projeto, mas não houve quorum suficiente. O líder do governo, Hanna Garib, disse que não houve falta de interesse dos vereadores. "Alguns parlamentares acharam que a votação só ia ocorrer amanhã (hoje). Mas, não há dúvida que nós vamos aprová-lo", disse Garib. Ação O vereador Arselino Tatto (PT) disse que o novo projeto não resolve a situação dos perueiros. Segundo o vereador, a bancada governista está tentando fazer uma confusão para permitir que as empresas de ônibus (que perderam passageiros para os lotações) entrem na Justiça e consigam o cancelamento das autorizações. "Primeiro, eles cancelam o decreto que liberava o serviço de lotação. Depois, querem aprovar um projeto revigorando os efeitos do decreto. O problema é que as portarias concedendo as linhas só existem com base no decreto", diz. José Célio dos Santos, presidente do Sindilotação, diz que o projeto de Rodolfo não serve para nada. "Só serve para enfraquecer o movimento. Temos estudar a legalização dos clandestinos", afirmou. A oposição (PSDB, PT e PC do B) quer a aprovação, com algumas modificações, do projeto do vereador Salim Curiati Jr. (PPB), que regulamenta o serviço de lotação. O projeto proíbe que empresas possam explorar peruas e define regras para novos credenciamentos. A oposição quer também que o projeto proíba o uso de crianças como cobradores e garanta o atendimento gratuito para idosos. Texto Anterior: Acontece amanhã debate de transporte Próximo Texto: Confusão marcam os debates Índice |
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