São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997
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Personagens revelam conflito de interesses

A crise envolvendo os lotações de São Paulo, iniciada na semana passada, expôs o conflito de interesses entre os grupos que entraram em rota de colisão.
Os chamados perueiros -2.700 cadastrados e mais de 10 mil clandestinos- param parte da cidade para defender o que dizem ser seu direito de trabalhar.
Os usuários reclamam de ter sido desprezados pelas empresas de ônibus até que os lotações apareceram como alternativa viável.
Seu maior temor é que, decretada a extinção dos lotações, voltem a ser reféns do serviço ineficiente, caro e desconfortável que, dizem, sempre foi prestado pelos ônibus.
Vereadores afirmam que querem acabar com o "vale-tudo" na área de transportes. Eles avaliam que, no ritmo atual, o serviço de ônibus vai deixar de ser viável, com prejuízo ao próprio usuário. O argumento não convence a população, que é a favor (79%, segundo o Datafolha) dos lotações.
Os empresários de ônibus dizem que as empresas perdem até 30 milhões de passageiros por mês e culpam a prefeitura pela desorganização do setor.
Pegando carona no debate, os motoristas protestam para supostamente defender seus empregos. Saiba um pouco do que pensa cada um dos envolvidos na questão.

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