São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997 |
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Primos sustentam famílias
NOELLY RUSSO
André é o chamador. "Herdou" a linha do pai, Odair Cardoso, que morreu em junho passado com um edema cerebral. Quem administra tudo é a mãe, Maria Domingas Alkmim Cardoso, chega ao ponto à tarde e fica até a noite. "Não tenho título de eleitor e não podia votar na época. Mas vou tirar só para não votar no Natalício Bezerra. Nem no Nelo Rodolfo. Eles e os empresários de ônibus são culpados por essa bagunça toda", diz André. "Meu pai teria o mesmo tempo de trabalho que tenho hoje: dois anos. Eu gosto do que faço e pretendo fazer a escolinha (de motorista) para poder dirigir a partir de fevereiro, meu aniversário." Ricardo, o motorista, diz que vai ajudar o primo enquanto for necessário, mas seu objetivo é conseguir um estágio em alguma empresa. Ele estuda administração. "A gente tem horário a cumprir e responsabilidade com os passageiros. Fazemos um trabalho importante e temos o apoio da população. É absurdo acabar com uma coisa que estava regularizada", afirma. Texto Anterior: 'Não elejo quem é contra lotação' Próximo Texto: Crise expõe conflito de interesses Índice |
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