São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997
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Acusado de pôr bomba em avião já anda

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O professor Leonardo Teodoro de Castro, acusado de ter colocado a bomba que explodiu em um Fokker da TAM no dia 9 de julho, já anda com ajuda de enfermeiros e pronuncia algumas palavras. Seu estado é regular. Não apresenta infecções ou doenças oportunistas.
Castro está internado há 96 dias no Hospital São Paulo da Faculdade de Medicina da USP. Ele foi atropelado por um ônibus. Sofreu traumatismo craniano e lesões nos pulmões. Ficou sob sedação provocada (coma induzido) para ser ligado a aparelhos respiratórios e deixou agora a terapia intensiva.
Seus pulmões estão completamente restabelecidos e a aparelhagem foi dispensada. Ele alterna momentos em que não reconhece parentes e médicos com outros em que é capaz de saber quem fala.
Segundo José Osmar Medina Pestana, diretor do Hospital São Paulo, o nível de consciência de Castro está comprometido. "Ele fala coisas como comida, dor e água. Seu raciocínio ainda não é claro. Não tem condições de responder a interrogatório."
O médico diz que Castro não sabe dizer onde está e há quanto tempo. "Não perguntei se ele se lembra do atropelamento."
Pestana acredita que em três ou quatro semanas será possível ter uma avaliação completa da recuperação do professor.
Castro fica acompanhado 24 horas por dia por alguém da sua família. A segurança do hospital ainda está mantida para sua proteção. Castro não conversou com o advogado.
"Não posso responder sobre a parte legal. Só posso falar como clínico", diz Pestana. Ele diz acreditar que Castro não sabe o que está acontecendo.
"Os quartos não têm TV. A equipe não comentou nada com o paciente."

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