São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997
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Valor da safra deve crescer R$ 2,7 bilhões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A safra de grãos 97/98 deverá chegar ao valor recorde de R$ 14,8 bilhões. Essa estimativa, divulgada ontem pelo Ministério da Agricultura, é R$ 2,7 bilhões superior aos R$ 12,1 bilhões apurados no período 96/97.
Esse desempenho será possível, segundo o governo, por causa da mudança do perfil da agricultura, com aumento do plantio de culturas mais valorizadas.
O primeiro levantamento de plantio, feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mostra que haverá uma redução da produção de milho, que está com preço de mercado abaixo do preço mínimo garantido pelo governo.
Por outro lado, a pesquisa mostrou que haverá um aumento da produção de soja, principal produto de exportação da balança agrícola brasileira.
O produto teve o preço mínimo fixado em R$ 9,50 a saca de 60 quilos, mas o mercado está comprando a R$ 18 a saca.
O ministro Arlindo Porto (Agricultura) disse que a redução do plantio de milho não deverá forçar uma importação do produto. Segundo ele, o país terá 37,8 milhões de toneladas do produto, volume necessário para garantir o abastecimento da população até julho de 98.
Ele afirmou também que o aumento do plantio de soja não deverá forçar significativamente a redução do preço do produto. "As negociações do mercado futuro não sinalizam queda de preço", disse.
O algodão terá um aumento de produção acima de 50% na próxima safra. O produto também está com bom preço de comercialização.
Para a safra que será colhida no próximo ano, a previsão mais otimista é de 80,1 milhões de toneladas. Na safra 96/97, a produção chegou a 78,6 milhões de toneladas.
Arlindo Porto disse que a mudança do perfil da agricultura deverá aumentar o saldo positivo da balança agrícola em US$ 700 milhões, com o plantio maior de produtos para exportação. Na safra 96/97, o saldo ficou em US$ 8,5 bilhões.
Fertilizantes
A Conab detectou também o aumento nas vendas de máquinas agrícolas, fertilizantes e defensivos. "Isso significa que teremos maior tecnologia no campo e esperamos que a produtividade aumente", disse o ministro.
No caso das máquinas e implementos agrícolas, o crescimento foi de 40% e os defensivos registraram um aumento de 20%, também no mesmo período.

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