São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 1997
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Manaus enfrenta falta de lanternas

Vela, fósforo e isqueiro são opções

ALTINO MACHADO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O racionamento de energia em Manaus (AM) está provocando a falta de produtos como lanternas de emergência recarregáveis e miniventiladores movidos a pilha. Ele se esgotaram nas lojas do centro comercial da Zona Franca.
O racionamento já dura uma semana e atinge as zonas residenciais seis horas por dia e as zonas comerciais e industriais, três horas.
Também desapareceram das lojas os sofisticados 3 em 1 -ventilador, lanterna e rádio. Restaram como opção lanternas mais potentes, chamadas de "capivara" ou "Magda", que exigem bateria de automóvel e custam R$ 70.
Mesmo quem comprou lanternas de emergência -que custam R$ 35- está tendo problemas. Elas só recarregam após permanecerem 32 horas plugadas na energia, o que está sendo impossível. Com carga insuficiente, as lanternas permanecem acesas no máximo 30 minutos.
"A identidade que o amazonense carrega hoje no bolso é a vela e a caixa de fósforo", afirmou Abel Souza, funcionário de uma fábrica de velas. Nos últimos dias, essas fábricas não estão dando conta de atender os pedidos.
Valdereza Eugênio de Melo, dona da fábrica Velas da Luz, teve que ampliar de 17 para 20 o número de funcionários. "Estamos faturando bem por causa do racionamento e dos pedidos para o Dia de Finados", disse.
A fábrica possui cinco máquinas capazes de produzir 96 mil velas por dia. O turno de trabalho dos operários dobrou.

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