São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997 |
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PM quer ser avisada sobre linhas de carga
SERGIO TORRES
A informação foi prestada à Folha pelo coronel Marcos Paes, comandante do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar), responsável pelo policiamento da favela. "A empresa deve nos informar sobre os horários dos trens de carga. Só assim poderemos colocar o policiamento no local", declarou o comandante. "Se eles não me informarem, isso vai acontecer sempre. Não vou poder ficar com um pessoal parado na estação o tempo todo. O Jacarezinho é uma favela enorme", afirmou. Onda de saques O comandante do 3º BPM disse que não foi procurado pela empresa desde que começou a onda se saques ferroviários. "Não houve qualquer contato. O material roubado deve estar todo no seguro", disse o coronel. O assessor parlamentar da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio, tenente-coronel Milton Corrêa da Costa, também defendeu a comunicação prévia da polícia pela empresa que comprou a malha sudeste da Rede Ferroviária Federal. Para Corrêa da Costa, as polícias estaduais não têm competência para agir em áreas de ferrovias. "A malha rodoviária federal é área de atuação da Polícia Ferroviária. Só podemos prestar apoio quando solicitados. A empresa tem que mandar um ofício ao comando do 3º Batalhão", disse o tenente-coronel. O assessor da secretaria afirmou que a ação de saqueadores é resultado da "fortíssima repressão" das Polícias Civil e Militar contra o tráfico de drogas. "O tráfico da região, por causa da ação policial, está atuando em sequestros e saques. O ideal seria recebermos um relatório do que está acontecendo para começarmos investigação que resulte na identificação das quadrilhas", disse Corrêa da Costa. (ST) Texto Anterior: Favelados criam bando para saquear trens Próximo Texto: Raio X da Favela do Jacarezinho Índice |
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