São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997
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'Não há condições para acordo'

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do sindicato dos motoristas de lotação, José Célio dos Santos, disse ontem que não pretende negociar com as outras entidades representativas da categoria as reivindicações do setor.
Anteontem, as entidades foram convidadas pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Nelo Rodolfo, a participar da elaboração do projeto que vai a votação na quinta-feira. Rodolfo pediu aos perueiros que tragam propostas.
O presidente do sindicato disse que não há condições de acordo com as diversas lideranças da categoria.
"É muito cacique para pouco índio", disse Santos. A mesma frase foi pronunciada ontem pelo presidente de uma das associações, Laércio Ezequiel dos Santos. Laércio defende que as propostas sejam elaboradas junto com os coordenadores das linhas de lotação.
Apesar das divergências, os líderes são unânimes ao condenar a limitação do número de perueiros aos credenciados e protocolados. Mas têm explicações distintas.
José Célio, que representa os perueiros legalizados, teme que a fiscalização seja acirrada, os perueiros com várias infrações sejam descredenciados e, por não serem permitidos novos credenciamentos, a atividade desapareça.
Já Laércio, cuja associação representa muitos perueiros clandestinos, diz que a prefeitura é responsável pela proliferação dos clandestinos, por não ter fiscalizado. Ele diz que a cidade tem lugar para pelo menos 500 novos perueiros.

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