São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997 |
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Empresa diz não poder informar horários
SERGIO TORRES
O assessor de imprensa da empresa, Rodrigo Barbosa, disse que não há como alertar a PM (Polícia Militar) com antecedência, como quer a Secretaria da Segurança Pública do Estado do Rio. "Comunicar a polícia é inviável. Não há uma regularidade de horários dos trens", disse Barbosa. A MRS Logística tem um serviço de segurança próprio, que trabalha, preferencialmente, na prevenção de acidentes, em ações de socorro e em auxílio a vítimas. Sem seguranças A possibilidade de colocar seguranças no trens da empresa que passam pelo Jacarezinho é descartada pela empresa. "Isso não vai acontecer. Não é cogitado", afirmou o assessor. Retirar da traseira do trem a torneira que aciona o freio de emergência é a medida paliativa encontrada pela MRS Logística S/A para atrapalhar a ação dos saqueadores. Desde que o primeiro trem cargueiro foi saqueado, em setembro, a torneira tem sido mudada de lugar quando o trem pára na estação de Barra do Piraí (município a 122 km do Rio). A torneira está sendo transferida para outro ponto da composição pelos ferroviários, na parada anterior ao Jacarezinho. A localização do novo ponto está sendo mantida em sigilo pela MRS Logística. "Os saqueadores, muito espertos, descobriram que o trem pára quando a torneira é aberta. Estamos trabalhando na melhoria da linha férrea, para que o trem não precise passar pela favela em velocidade tão baixa", disse Barbosa. Como os vagões passam fechados pelo Jacarezinho, os saqueadores desconhecem qual é o carregamento. Eles sabem apenas que, pelo formato dos vagões e contêineres, a carga não deve ser constituída de minérios ou produtos siderúrgicos. (ST) Texto Anterior: Raio X da Favela do Jacarezinho Próximo Texto: Favela é considerada perigosa Índice |
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