São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997
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Ladrões em fuga batem em carro da polícia

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois ladrões assaltaram uma casa, levaram o Citroën da psicóloga Maria de Nazaré Mendes Peixoto, 31, e, durante a fuga, bateram em um Gol disfarçado do serviço secreto da Polícia Militar.
No final da perseguição, os quase cem policiais e um helicóptero que estavam atrás dos criminosos conseguiram deter o acusado Claiton Santos Gomes, 22. Tudo aconteceu ontem nos bairros do Jardim Marajoara e do Campo Grande (ambos na zona sul de São Paulo).
Por volta das 9h, dois homens invadiram a casa de Maria de Nazaré, na rua Manoel dos Reis Araújo, no Jardim Marajoara. Eles renderam a psicóloga, a empregada doméstica Elizabeth Moreira da Silva, 16, e Maria Neusa Rodrigues dos Santos, 27, mulher do caseiro Roberis Gomes dos Santos, 26.
O caseiro conseguiu escapar e pegar carona em um Gol que estava passando perto da casa. Roberis pediu ao motorista que o levasse ao 99º DP. Ele avisou os policiais, e dois PMs foram numa Ipanema à casa da psicóloga.
Quando estavam chegando, viram os assaltantes saindo no Citroën de Maria de Nazaré. Eles estavam levando uma televisão, um aparelho de som, um walkman, R$ 500 e jóias avaliadas em R$ 3.800.
Os policiais iniciaram a perseguição e pediram reforço pelo rádio. Na avenida Interlagos, os ladrões bateram o Citroën na traseira de um Gol branco.
O Gol do serviço secreto da PM era dirigido pelo policial Cleiber Ferreira Brito, 30. Ele não sabia nada sobre o assalto, nem os assaltantes sabiam que ele era policial.
A dupla desceu do Citroën correndo. Cada um foi para um lado. Nesse momento, chegaram os outros policiais. Um dos assaltantes, que estava armado com uma pistola, se virou e tentou atirar nos PMs, mas a arma teria falhado.
Os policiais militares deram um tiro para o alto, mas o ladrão continuou a correr. De acordo com eles, o acusado foi detido quando tentava se esconder atrás de um muro.
Ele foi levado ao 99º DP (Campo Grande), onde foi autuado em flagrante sob as acusações de roubo, porte ilegal de arma e resistência à prisão. Na delegacia, a psicóloga e as outras testemunhas reconheceram o acusado, que se negou a dar entrevista.
O homem que o teria acompanhado no roubo não foi detido embora a região tenha sido cercada pelos policiais. Até as 20h de ontem, a Polícia Civil não tinha pistas sobre a identidade desse homem.

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