São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997 |
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Hora de decidir
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE Campeonato bom e equilibrado e decisão no último GP. A temporada 97, de fato, quebrou a regra dos últimos anos, quando um Schumacher ou uma Williams faziam a diferença.Schumacher deu várias mostras de talento neste ano, como em Mônaco e em Spa. Mas o que vai fazer as pessoas ligarem a TV amanhã é a Ferrari. Foi a escuderia que contagiou o público no GP do Japão. A tática brilhante, o renascimento do sonho ferrarista do título do Mundial de Pilotos que não surge desde 1979. É a chance mais palpável do time italiano desde então. Nem Prost, em 90, estava tão perto da taça -o acidente aconteceu mais pela histórica rivalidade com Senna do que pela disputa do campeonato. Schumacher pode se tornar o grande agente desse título, mas ele será, antes de tudo, uma conquista da Ferrari, da Itália, dos "tifosi". Mas o título será do alemão? Tem um carro inferior, mesmo com a montanha de traquitanas ilegais que os ingleses dizem existir no bólido vermelho -e deve ter mesmo, todo mundo tem. E, como já lembrou Villeneuve, pode não contar com Irvine, um especialista em Suzuka, só mais um em Jerez. Acidente? Por tudo que já foi dito no circuito espanhol, é quase impossível ocorrer. A pressão da Foca e da FIA é enorme. Barrichello, que nada tem a ver com a decisão, confirmou que recebeu ordens expressas dos Stewart para não ignorar nada, nem mesmo um piscar de olhos dos fiscais de pista. A represália oficial deverá ser muito grande, e dificilmente o alemão arriscaria um choque sem justificativa. Aposta-se em Irvine. E até mesmo em Villeneuve partindo para ignorância. Nada disso, porém, é provável. Provável é a vitória de ponta a ponta do canadense. Ou uma corrida emocionante da Ferrari. O que você prefere? Texto Anterior: ESPORTE NA REDE Próximo Texto: Schekter; Prost; Diniz; Zonta Índice |
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