São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997
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Relógios mecânicos atraem público masculino

DA REPORTAGEM LOCAL

Preste atenção no seu relógio de pulso -ele tem o charme de uma peça mecânica, com engrenagem montada artesanalmente, ou traz a moderna precisão do quartzo?
Relógios mecânicos -dos tipos automáticos ou a corda- não são exatamente sinônimos de objetos do passado.
Ao contrário, são peças mais caras -custam, em média, 15% mais do que os similares a quartzo- e que têm conquistado adeptos entre executivos e empresários.
"Esses relógios são usados principalmente pelo público masculino apaixonado pelos movimentos da engrenagem", diz João Duarte, gerente da Natan, joalheria que vende relógios de luxo.
Duarte cita uma frase de Franck Muller, famoso pela marca de relógios que leva seu nome: "O amante do relógio deve ter dois minutos a cada dois dias para dar corda. É o momento de contato com a peça".
Ou seja, relógios a corda são para aqueles que apreciam a peça que exibem no pulso.
Freddy Rabbat, diretor de marketing da Montblanc, diz que os relógios a corda têm o mesmo conceito das canetas-tinteiros: os dois "exigem" que seus usuários lhe dediquem atenção diária.
"É um momento de prazer parar para dar corda no relógio. Não é uma obrigação", diz Rabbat.
Stephalie Chassagne, responsável pelo marketing da Tag Heuer na América Latina, diz que há no mundo uma tendência pelos relógios mais complicados.
"Mas a tendência é mais tênue no Brasil. As pessoas não gostam da equação de pagar mais por um relógio que é menos preciso", afirma Stephalie.
Um exemplo é que a marca comercializa apenas dois modelos mecânicos no país -o Carrera (a corda) e o 6.000 (automático).
A precisão do quartzo é considerada superior, mas vários relógios automáticos (com engrenagem mecânica e um rotor) têm conseguido certificados suíços de pontualidade.
Lançamentos
Dentro dessa tendência, está sendo lançada a linha de relógios a corda Pagoda, da Patek Philippe.
É uma edição comemorativa das novas instalações da marca. No Brasil, serão vendidas apenas 11 das 2.750 unidades produzidas para a série, ao preço de R$ 21 mil cada.
A Montblanc, que entrou recentemente no mercado de relógios, lançou a linha Meisterstück nas versões a corda, automática e a quartzo. O modelo a corda, denominado reserva de marcha, indica quanto tempo o objeto ainda funciona antes de precisar dar corda novamente. Custa R$ 6.050.
Um dos modelos mecânicos da Bulgari chega a custar US$ 160 mil. É vendido na Natan, por encomenda. Há modelos mecânicos mais acessíveis na loja, como os famosos Piaget, que, feitos em ouro, custam a partir de US$ 7.000.

Onde encontrar - Natan, tel. (0800) 55-2033; H. Stern, tel. (0800) 22-7442, Montblanc, tel. (011) 3068-8811.

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