São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Novelo
Mesmo vencida a batalha mais difícil -um câncer na medula, há 17 anos-, Virginia Garcia de Souza (foto) não fugiu da luta. Por sentir na pele a importância de manter o emocional sob controle durante a doença, ela foi fundo no tema. Já curada, fez diversos cursos na Califórnia e fundou o ReVida -em parceria com outros quatro ex-pacientes que se prepararam tanto quanto. O grupo, que existe há nove anos em São Paulo, oferece terapia de apoio a seus participantes -não necessariamente pacientes terminais-, desmistificando a doença, além de prepará-los para encarar as mudanças que vão surgindo ao longo de tudo. Sem prometer soluções mágicas, a idéia é mostrar que enquanto há vida, ela deve ser vivida -seja lá como for.
*
Quando tudo está por um fio?
Quando se desiste de lutar.
O que nunca se apaga da lembrança?
O dia da alta.
O que sempre vale a pena?
Começar de novo.
Que batalha nunca é perdida?
A luta pela vida.
Que coquetel levanta a moral?
Afeto on the rocks.
O que sempre renasce?
O sol -todas as manhãs.
O melhor remédio para a dor é....
Tylenol -de preferência o extra strength.
Que fronteira sempre se ultrapassa?
A da perda.
Qual história não tem fim?
O anseio para desvendar mistérios.
O que vale uma reconstituição?
Saúde e educação no Brasil.
Quando é hora de se descabelar?
Quando chega a conta do hospital.
Esperança tem receita?
Sim, a fé.
A pior doença é aquela que...
Rouba o sonho.

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