São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997
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Musso é o mais novo jipão importado

JOSÉ CARLOS CHAVES
EDITOR DE VEÍCULOS

Uma volta com ele pela cidade é suficiente para despertar os olhares curiosos, a começar pelo seu desenho incomum. De perto, não é raro muitos perguntarem: "Qual é mesmo o nome desse carro?".
O utilitário esportivo (jipão) Musso é um importado ainda bem desconhecido para o brasileiro. Fabricado pela montadora coreana SsangYong, que começou a vender efetivamente seus carros em junho, o modelo teve apenas 38 unidades comercializadas no país.
Por isso o Brasil Motor Show serviu como grande vitrine para apresentar ao público a mais nova marca do país e seu jipão.
Em meio a tantos Cherokee e Pajero, o Musso revela linhas que chamam a atenção logo de início.
Seu desenho une esportividade e requinte com um leve toque futurista, devido, principalmente, aos faróis afilados e angulosos, que lembram algo parecido com uma nave espacial.
Os pára-lamas e o capô com saliências agudas e a linha irregular dos vidros dianteiros ajudam a reforçar essa impressão.
Por enquanto, a única versão importada é a com motor Mercedes-Benz a diesel, de 95 cavalos (cv) de potência.
Até por não ser um propulsor muito potente -um tanto lento em subidas íngremes-, a marca já decidiu que vai começar a vender um kit com turbocompressor especialmente desenvolvido para o Musso (leia texto abaixo).
Sete passageiros Internamente, o destaque fica por conta do espaço farto, principalmente no banco traseiro.
Se o motorista precisa levar mais gente, basta montar os dois assentos rebatíveis que ficam no enorme porta-malas, aumentando a capacidade para sete passageiros.
O único problema é que esses banquinhos obrigam os passageiros a viajar curvados, com a cabeça encostando no teto. Razoável para curtas distâncias, mas um verdadeiro suplício em viagens longas.
Além do espaço, o interior traz bancos confortáveis e vários equipamentos, como ar-condicionado, direção hidráulica, regulagem de altura do volante e do banco do motorista e acionamento elétrico para vidros, travas e espelhos.
A suspensão macia também ajuda no conforto, apesar de dificultar um pouco o controle do carro em curvas rápidas.
Outra comodidade são os acionamentos da tração 4x4 (nas quatro rodas) e da reduzida (engrenagem que multiplica a força do motor), feitos por meio de um botão no painel, com o veículo em movimento.
Pena que os engates do câmbio sejam ruins, sendo difícil "achar" algumas marchas.
Por US$ 48 mil, o Musso se apresenta como uma opção atrativa, porém ainda um pouco mais cara que os concorrentes a diesel, como Toyota SW4 (US$ 45,5 mil) e Mitsubishi Pajero (US$ 43,9 mil).

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