São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Samsung prevê superoferta e descarta trazer automóveis

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de automóveis no Brasil vai passar, ainda em 98, por uma crise de superoferta, diz Byung-Gon Jung, diretor-presidente de operações da Samsung.
"Há muitos fabricantes de automóveis vindo para o Brasil. Os juros estão caindo e os preços devem despencar em 98", avalia. Por isso, a Samsung não pretende trazer seus carros para o país em 98.
A Samsung é a mais cotada empresa para comprar a Kia, hoje sob intervenção do governo coreano e com investimentos no Brasil.
Mas, caso a compra se concretize, os investimentos não devem ser prejudicados. Os recursos para a construção da fábrica de caminhões da marca, em Itu (SP), de US$ 50 milhões, vão sair do bolso da importadora, a Kia do Brasil.
Os US$ 250 milhões que a Asia Motors -hoje do grupo Kia- investe em fábrica da Bahia também não devem correr perigo.
Jung diz, porém, que, caso a compra se concretize, todas as estratégias da Kia serão reestudadas: "Mas ainda é cedo para dizer."
Jung conta, também, que não pretende ter uma unidade de microchips no Brasil. "É um produto muito fácil de transportar e uma fábrica no Brasil, com os impostos altos do jeito que são, não seria competitiva em relação às nossas fábricas nos Estados Unidos, na China e na Coréia", disse.

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