São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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'Cera' passa a ser problema na Superliga

DA REPORTAGEM LOCAL

A primeira rodada da Superliga masculina, com novas regras que limitam o tempo dos sets, confirmou uma temeridade dos técnicos: o retardamento das partidas para se ganhar tempo.
Em estudo pela Federação Internacional, a regra usada na Superliga prevê que os sets sejam disputados no sistema tradicional até o 25º minuto. Após esse período, se nenhuma equipe somar os 15 pontos, passa a valer o tie-break.
Para se ganhar tempo, o expediente mais usado foi o refugo do primeiro saque (o atleta tem direito a outra tentativa). Assim, se o time estiver na frente no placar, tem maiores possibilidades de vencer no tie-break (no qual todas as disputas de bola valem ponto).
Artifício que gerou vaias no jogo em que o Olympikus venceu o Banespa por 3 a 0 (15/9, 15/10 e 17/15).
"Foi palhaçada. Teve torcedor xingando a gente. Nós fizemos 'cera', e o Banespa também iria fazer o mesmo se estivesse na frente", disse o atacante Nalbert, do Olympikus e da seleção brasileira.
"Isso vai desmotivar o torcedor. De cobaia, vamos passar a motivo de gozação", diz Ricardo Navajas, técnico do Report/Suzano.
"Como não existe mais o que fazer, vai se dar melhor quem souber aproveitar", afirma Cacá Bizzochi, do Banespa, maior crítico da regra.
"Meu medo é que, se não der certo, vamos ter jogar o torneio inteiro com essa regra. A Confederação não vai querer mudar", diz Wagão, técnico do Philco.

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