São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997![]() |
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'Classe média se apropria do gasto público', diz Ruth
MARIANE COMPARATO
"A parte do dinheiro das políticas sociais que chega para as populações de mais baixa renda é muito menor no Brasil que no Chile. É na verdade a classe média que se apropria dos gastos públicos sociais, e é isso que temos de alterar", disse. Ruth exemplificou que as vantagens oferecidas pelas escolas e universidade públicas e pelos sistemas previdenciário e de saúde são utilizadas pela classe média. "Agora que há todos esses dados circulando, se você comparar (as aposentadorias de classe média) com as especiais e as de um salário mínimo, essas consomem menos dinheiro e vão para muito mais gente", acrescentou. Questionada sobre a quantidade de dinheiro reservada para os programas sociais e de inserção, Ruth afirmou que o problema não era dispor de mais ou menos dinheiro, era preciso "gastar bem". "O Estado brasileiro sempre gasta pouco, porque nossos problemas são muito sérios. É muito difícil discutir um dado do Orçamento, mas acho que isso não é importante, e sim o que foi executado nos programas sociais. Nesse ponto não houve nenhuma perda", disse. Parceria Ruth ainda fez uma apresentação do Comunidade Solidária, programa que dirige. No discurso, frisou a importância da parceria entre o Estado e a sociedade civil: "Sabemos por experiência que o Estado sozinho não consegue enfrentar os desafios de um desenvolvimento equitativo e que a participação da sociedade civil é essencial". A primeira-dama seguiu ontem para Oslo, na Noruega, onde participará de conferência internacional sobre o trabalho da criança, que vai até o dia 30. A conferência tem como meta buscar estratégias mundiais para combater o trabalho infantil. Texto Anterior: Depende da hora Próximo Texto: Juízes dizem estar isolados na sociedade Índice |
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