São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997
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Polícia prende dona de boate acusada de prostituir garotas

RUBENS VALENTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

As Polícias Civil e Federal prenderam em flagrante a dona de uma boate acusada de explorar a prostituição infantil em Corumbá (MS), cidade do Pantanal de Mato Grosso do Sul.
Com mandado de busca expedido pelo juiz Joviano Caiado, os policiais encontraram duas garotas na boate, com 16 e 17 anos, e outras duas, com as mesmas idades, na estação rodoviária de Corumbá, que também declararam ter trabalhado na boate.
A proprietária da boate El Refugio's, Gessi Fátima Kutter, 39, foi autuada em flagrante anteontem e deve ser encaminhada hoje ao presídio feminino.
Kutter alegou à polícia que não teve tempo de conferir a idade real das garotas, que vieram de Campo Grande. As quatro menores não portavam documentos pessoais.
A proprietária foi acusada de infringir o artigo 217 do Código Penal (favorecimento à prostituição, entre outras acusações), que prevê uma pena de dois a cinco anos de reclusão e multa.
Os policiais encontraram R$ 19,5 mil em dinheiro, US$ 22,5 mil e R$ 2.620 em cheques, além de dois revólveres, de calibres 38 e 22, que teriam sido dados por clientes como garantia de pagamento.
Pesquisa realizada este ano pelo Ibiss (Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social), divulgada com exclusividade pela Folha em agosto, apontou o Pantanal como nova rota do turismo sexual.
A pesquisa identificou 65 pontos de prostituição em seis municípios da região pantaneira.
Os policiais federais e soldados da Marinha apreenderam, na semana passada, o barco "Pantera do Pantanal". A boate-flutuante, onde trabalhavam dez prostitutas, foi apreendida e ancorada no Porto de Corumbá. O dono também foi preso em flagrante.

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