São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997
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Trem da CPTM descarrila e fecha estações

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Três vagões de um total de 12 de um trem de passageiros da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) descarrilaram às 9h30 de ontem entre as estações São Miguel e Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo.
Não houve feridos, mas o acidente provocou a interdição de trens estações da linha leste-variante da CPTM, entre Engenheiro Goulart e São Miguel (veja quadro abaixo).
O acidente ocorreu no final do horário de pico da manhã, quando os vagões circulam com a lotação máxima. Em cada vagão da CPTM cabem, no máximo, 350 pessoas.
A composição acidentada poderia estar transportando até 4.200 pessoas. Ao todo, as duas linhas da CPTM que circulam na zona leste (leste-variante e leste-tronco) transportam uma média de 203 mil passageiros por dia.
O transporte dos usuários da linha passou a ser feito por 20 ônibus do Paese (Plano de Assistência entre Empresas em Situação de Emergência).
A São Paulo Transporte informou que, nos horários de pico, o número de veículos vai passar para 40 nesse trecho.
As causas do acidente ainda são desconhecidas e serão apuradas por uma comissão de sindicância da empresa.
Técnicos da CPTM trabalhavam ontem no local para a retirada dos vagões descarrilados.
A CPTM já registrou depredações de estações e vagões em virtude de problemas nas linhas da companhia na zona leste.
Acidentes e incidentes
A estação Engenheiro Goulart, uma das interditadas, foi totalmente destruída em setembro de 96 após uma falha no sistema.
Em 24 de abril deste ano, três vagões foram incendiados na mesma estação após o sistema ser interrompido por uma queda na transmissão de energia.
Em 19 de setembro, um trem descarrilou entre as estações Itaquaquecetuba e Manoel Feio, em Itaquaquecetuba, na linha leste-variante.
Fim de tarde
Apesar de nenhum incidente ter sido registrado até as 19h15 de ontem, nesse horário o tumulto era generalizado na estação Engenheiro Goulart.
Cerca de 4.000 pessoas se atracavam para subir nos ônibus, que circulavam com passageiros pendurados nas portas.
Qualquer caminhão, camionete e até mesmo guincho era invadido para ser usado como meio de transporte.
Às 19h10, por exemplo, um grupo de cerca de 150 pessoas subiu numa carreta vazia para pegar carona. Uma pessoa quase caiu do caminhão.

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