São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997 |
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Perueiro decide apoiar projeto já vetado
DA REPORTAGEM LOCAL Os motoristas de lotação da cidade de São Paulo não conseguiram ontem, em assembléia da categoria, chegar a um consenso sobre o que vão propor aos vereadores para regulamentar o setor. A votação da lei que define o futuro dos perueiros acontece amanhã.Sem um consenso, os perueiros decidiram apresentar à Câmara o texto do vereador Salim Curiati Júnior, que já havia sido rejeitado pelos vereadores. A polêmica sobre o setor começou com um decreto legislativo de autoria do vereador Natalício Bezerra (PTB) que extinguia o serviço de lotação. O projeto foi aprovado na última terça-feira. Pressionados pelos perueiros, que fizeram protestos em frente à Câmara, os vereadores decidiram votar um segundo projeto, que ressuscitava a atividade somente para os motoristas de lotação já credenciados pela prefeitura. Esse segundo projeto foi aprovado em primeira votação na quarta-feira. Para entrar em vigor, precisaria ser aprovado novamente e sancionado pelo prefeito. Na quarta, após a primeira votação, o presidente da Câmara, Nelo Rodolfo (PPB), reuniu-se com os líderes dos perueiros e afirmou que o projeto seria modificado antes da votação seguinte, marcada para amanhã. Rodolfo convidou os perueiros a apresentarem suas propostas. Ontem, no entanto, as tentativas de consenso para elaborar a proposta foram dificultadas pela falta de organização entre as lideranças. Confusão A assembléia de perueiros realizada ontem no auditório da Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo) durou cinco horas e foi marcada pela falta de organização das lideranças. O sindicato da categoria, que representa os perueiros credenciados, não participou do encontro. Os presidentes das diversas associações que representam os perueiros da cidade chegaram a apresentar uma proposta para ser discutida, mas a falta de consenso entre os próprios líderes sobre o texto apresentado derrubou o projeto. A proposta de Salim Curiati Júnior foi lembrada por um motorista de lotação em meio à discussão. Acatada pelas lideranças, a proposta foi a votação e venceu. Empresas O projeto de Curiati, entre outros pontos, proíbe a participação de empresas na exploração do serviço de lotação. O objetivo é evitar que empresas de ônibus invistam no setor, deixando de fora os motoristas autônomos. Entre os pontos polêmicos está a criação de um conselho que administraria o setor de transporte alternativo na cidade. O conselho seria composto por integrantes do sindicato, da prefeitura e dos usuários, entre outros. As lideranças dos perueiros afirmaram ao final da assembléia que irão discutir o texto de Curiati com alguns vereadores, para retirar do projeto os itens que não são aceitos pela bancada governista e pela prefeitura. Texto Anterior: Policial diz não ser 'careta' Próximo Texto: Receita dará aula a ambulante de Bauru Índice |
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