São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997
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McCartney "morreu" em 1966

LÚCIO RIBEIRO
EDITOR-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

Duas coisas nós, mortais, talvez jamais saberemos na vida. A primeira é se foi mesmo verdade que uma nave alienígena tripulada caiu em Roswell, EUA, em 1947.
A segunda, mais terrena, é se o ex-beatle Paul McCartney morreu de fato em um desastre de carro em 1966, na Inglaterra, um dos boatos mais misteriosos de todos os tempos.
O mais escabroso dos rumores pop correu mundo em 1969, quando os Beatles estavam prestes a lançar o então aguardadíssimo álbum "Abbey Road".
Ninguém sabe ao certo a real origem do boato, mas a mais provável data do dia 17 de setembro de 1969, uma semana antes de "Abbey Road" atingir as lojas de discos.
Em um artigo do jornal "Times-Delphic", publicado pela Drake University (Iowa, EUA), Tim Harper dizia ter fontes que asseguravam a morte do beatle mais querido pelas mulheres.
Mas foi em outubro daquele ano, em um popular programa da rádio WKNR-FM, de Detroit, apresentado pelo DJ Russell Gibb, que os rumores ganhariam força e se espalhariam como uma praga.
A história contada pelo DJ de Detroit era a seguinte: Paul McCartney teria sido decapitado em um acidente de carro em 1966.
Os vários ferimentos em sua cabeça fizeram com que sua identidade só fosse reconhecida depois de uma verificação de sua arcada dentária.
Ainda em 1966, teria sido realizado um concurso de sósia de Paul McCartney, mas o vencedor acabaria não sendo anunciado. Especulou-se depois que o 'novo Paul' seria um tal de William Campbell, um rapaz conhecido por se parecer com o beatle e que depois nunca mais foi visto em sua cidade.
A gravadora Capitol Records teria convencido, então, os outros três Beatles sobre a importância de a banda continuar. Mas John Lennon, meio contrariado com a farsa armada, teria recheado as canções e as capas dos álbuns dos Beatles com evidências da morte do parceiro.
As evidências
As famosas "pistas" da morte de Paul, a partir de "análises" de fãs da banda. São centenas de letras cifradas, imagens enigmáticas e audição de canções rodando o álbum (vinil) ao contrário no toca-discos.
As várias "pistas" misteriosas renderam tese de mestrado na Inglaterra e vários livros sobre o assunto. Os mais conhecidos podem ser encomendados pela Internet no site da Amazon (Amazon.com) ou na livraria Cultura (tel. 011/285-4033): "Turn Me on, Dead Man: The Complete Story of the Paul McCartney Death Hoax", de Andru J. Reeve, e "The Walrus Was Paul", de Gary Patterson.
Veja abaixo algumas das 'pistas' da morte de McCartney em 1966.

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