São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997
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Vencedora persegue o sonho de Evita Perón

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

"Nenuca" não é Evita nem se parece com ela, mas criou a perspectiva de se transformar na Evita que deu certo.
"Nenuca" é o apelido familiar de Rosa Graziela Castagnola de Fernández Meijide, 66, a grande vencedora do pleito, como cabeça de chapa da Aliança na Província de Buenos Aires, a mais importante.
Mãe de Pablo, desaparecido no regime militar, professora de francês por 25 anos, militante dos direitos humanos, seu perfil é oposto ao de Evita Perón, o mito feminino do país.
Mas todos os jornais de ontem apontam-na como uma presidenciável muito forte para 1999, um cargo que Evita também ambicionou, mas que a aristocracia lhe negou.
Graziela não tem o estigma de ter sido cantora de cabaré nem teme o estigma, mais moderno, de ser política. "Sou política porque escolhi ser", assume.
A senadora, agora deputada eleita, jura que seu candidato à Presidência é Carlos "Chacho" Alvarez, o criador da Frepaso.
Mas, na sua autobiografia sumária, há óbvio espaço para ser presidente, cargo até agora reservado a homens: "Escrevi livros, tive filhos, plantei uma árvore e, além disso, discuto com inteligência. Como qualquer homem".
(CR)

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