São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997 |
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Morador de Alto de Pinheiros quer bolsões
FABIO SCHIVARTCHE
Outro dado apontado: sete em cada dez moradores do bairro já foram assaltados. Desses, mais da metade (54%) foi assaltada no próprio bairro ou nas imediações. A pesquisa foi feita com 301 moradores da região (com população estimada em 12 mil pessoas), coordenada pela Sociedade Amigos do Alto de Pinheiros (Saap). A pesquisa também mostra que eles não confiam na polícia. Apenas 16% dos entrevistados disseram estar plenamente satisfeitos com o sistema de segurança. Cerca de 40% disseram não estar satisfeitos com a segurança pública e os outros 44% mostram restrições ao sistema. A solução paliativa encontrada foi a segurança privada. Segundo o vice-presidente da Saap, o urbanista Paulo Bastos, os moradores gastam cerca de R$ 6,9 milhões com segurança ao ano. "Por causa da inação da prefeitura, a população está propondo uma organização urbana decente e que resolva nossos problemas. Não queremos fazer um gueto, mas nos proteger da violência e do trânsito", disse Bastos, se referindo à criação dos bolsões. O major Walmir da Conceição Vieira, comandante-interino do 23º Batalhão da PM (que inclui a área de Alto de Pinheiros), afirmou que o policiamento ostensivo da região está sendo alterado. "Estamos introduzindo o policiamento comunitário na região, para aproximar o policial do cidadão. Quando essa relação for estreitada, o policial vai conhecer os hábitos dos moradores, o que vai facilitar seu trabalho ", disse. Segundo Vieira, as estatísticas oficiais da PM mostram que na região de Alto de Pinheiros o principal problema é o roubo e furto de automóveis. Em setembro foram registradas 69 ocorrências na área, que também inclui os bairros de Vila Madalena e Jardim Boaçava. O secretário estadual da Segurança Pública, José Afonso da Silva, não quis se manifestar sobre a pesquisa. Texto Anterior: Sindicato cobra dívida de secretaria Próximo Texto: Metade dos acidentes é desconhecida Índice |
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