São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997
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Segurança coíbe organizadas no Mundial

ADELSON BARBOSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O superintendente da Polícia Federal da Paraíba, Antonio Flávio Toscano Moura, que comandará a segurança brasileira na Copa-98, fará marcação cerrada nos integrantes de torcidas organizadas que pretendem ir à França.
Responsável pela equipe de policiais federais do Brasil no Mundial, Toscano seguirá recomendação dos franceses e traçará um "perfil psicológico" dos torcedores brasileiros que forem à França.
O perfil será traçado a partir de um formulário que os torcedores que adquirirem ingressos em agências de viagens deverão preencher. No questionário, eles deverão avisar se fazem parte de alguma torcida organizada.
Com os dados em mãos, Toscano irá aos computadores da PF e das secretarias estaduais de Segurança Pública checar criminalmente a vida dos torcedores.
Aqueles que fizerem parte das torcidas organizadas receberão atenção especial da polícia.
Moura foi escolhido pelo Departamento de Polícia Federal para chefiar a segurança brasileira na Copa-98 por ser um dos poucos delegados federais do país a falar francês fluentemente.
A segurança da seleção brasileira ficará a cargo da polícia francesa, sob orientação da PF. "Não vamos permitir muita liberdade aos jogadores, nem aos integrantes da comissão técnica", disse Toscano.
Segundo ele, a liberdade da seleção e dos torcedores brasileiros "será vigiada". "Vamos vigiá-los para protegê-los de possíveis atentados", disse.
"Vamos desenvolver ações que previnam contra possíveis ataques à integridade física dos brasileiros. Será um trabalho de proteção física nos estádios", declarou Toscano, acrescentando que os torcedores ingleses são os que mais preocupam os organizadores.
"Os sons e imagens serão levados para um supercomputador que terá condições de identificar a ação violenta de qualquer torcedor e de as palavras ditas no meio da multidão", disse Toscano.
Os policiais serão distribuídos por todos os locais dos estádios.

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