São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997 |
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'Hollywood foi invenção judaica'
SÉRGIO MALBERGIER
Evidências não faltam. Dos oito maiores estúdios no início do século, seis eram criações judaicas (Universal, 20th Century-Fox, Paramount, Warner Brothers, Metro-Goldwin-Mayer e Columbia). Nos outro dois (United Artists e RKO), os judeus tiveram forte atuação. "O cinema era algo novo, de má reputação e futuro incerto. Era o tipo de negócio que atraía imigrantes, como a indústria de bebidas e o crime, outras áreas com forte presença judaica no início do século", disse Gabler à Folha por telefone de Nova York. Até hoje os judeus têm uma presença em Hollywood "muitas vezes superior à sua porcentagem na população dos EUA", diz o autor. Mas isso não significa que os filmes de Hollywood sejam abertamente judaicos em sua temática. "Um traço que une a geração dos magnatas judeus das primeiras décadas e os produtores de hoje é que elas mantêm uma absoluta discrição em relação ao judaísmo", afirma o autor. "Durante a década de 30, praticamente não havia nenhum judeu nas telas de Hollywood", lembra Gabler. Segundo ele, os judeus aparecem nas telas hoje tanto quanto negros, hispânicos e orientais, dentro do multiculturalismo liberal de Hollywood. Um documentário que está sendo produzido a partir do livro de Gabler vai ainda mais longe na influência judaica. Chamado de "Hollywoodism", defende que a ideologia de Hollywood, baseada na integração dos valores dos imigrantes judeus da Europa Oriental com o "sonho americano", foi mais forte do que o comunismo, o fascismo e o próprio capitalismo, tornando-se hegemônica no mundo. (SM) Texto Anterior: Ficha Técnica Próximo Texto: O Rappa solta grito para atestar sucesso Índice |
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