São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997 |
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Não queremos dizer...
NELSON DE SÁ
Mas vem Gustavo Franco e, segundo a televisão, diz que não hesitará em tomar medidas "radicais". E vem Antônio Kandir, do confisco, e declara: - Não queremos dizer que não temos que ter um grau importante de preocupação. A equipe econômica fala demais à televisão, e com expressões nada tranquilizadoras. Só de ontem: medidas radicais, bastante atenção, preocupação importante, certa instabilidade. Todos querem falar pelo governo, do ministro da Fazenda ao presidente do BNDES. Este, na Globo News, chegou a dizer, rindo orgulhoso, que foi um "especulador". Não é à toa que o mercado financeiro, do Brasil em particular, segue, segundo registros diversos, com "muita tensão", "muito nervosismo". * Bem faz FHC, que ontem "dedicou uma hora de sua agenda" a uma teleconferência com estudantes, professores, até um padre. Tratou de um assunto que chamou de "o mais importante para o país", a educação. E nada de arriscar-se no sobe e desce das Bolsas. É tema para especuladores. * E Paulo Maluf, desta vez, voou para Manhattan. Perdeu o Ministério Público distribuindo declarações aos telejornais, ontem: - Houve superfaturamento no preço do frango... Houve triangulação para favorecer empresas da família... E os telejornais: - O negócio teria beneficiado Paulo Maluf, a mulher dele e o cunhado... O ex-prefeito viajou para Nova York, mas deixou pronto para estrear ontem um comercial do Cingapura. Texto Anterior: Ministro suspende ação contra padre Próximo Texto: Funcionários querem comprar banco do CE; Supremo arquiva ação contra a Lei Kandir Índice |
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