São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
NOVO RÓTULO Versatilidade faz surgir geração de 'Frankensteins' em quadra e obriga o basquete a rever todo o seu vocabulário Nos anos 60, o basquete norte-americano fracionava em três as posições dos jogadores de basquete: "guards" (armadores), "forwards" (alas) e "centers" (pivôs). Na década seguinte, com a especialização de suas funções, os armadores e alas se dividiram: "point guard" (armador-organizador), "shooting guard" (armador mais livre para arremessar), "small forward" (ala-lateral) e "power forward" (ala-reboteiro). Nos anos 80, esses nomes foram substituídos por números -"point guard" virou 1, "shooting guard", 2, e assim por diante. Mas o basquete evoluiu tanto desde então que as definições não fazem mais sentido. Um dos melhores exemplos disso é o Chicago Bulls. Quatro de seus principais atletas são tão multidimensionais que tachá-los soa absurdo. Qual é a posição de Michael Jordan? E de Ron Harper? E de Scottie Pippen? E, mais difícil ainda, de Toni Kukoc? O jeito é inventar expressões -Pippen é "point-forward"- ou dar longas explicações -Jordan joga como "shooting guard" no ataque e "point guard" na defesa. Mas a tendência veio mesmo para ficar. O esporte exige cada vez mais que o jogador técnico seja também forte, e vice-versa. Não à toa, a NBA assiste ao desabrochar de uma geração inteira de craques versáteis, sem posições tradicionais. Antonio McDyess (Phoenix), Marcus Camby (Toronto), Kevin Garnett (Minnesota) e Rasheed Wallace (Portland) são alguns deles. "São apenas jogadores de basquete e isso é ótimo", elogia Danny Ainge, técnico do Phoenix. Texto Anterior: GUIA DA NBA Próximo Texto: GUIA DA NBA Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |