São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997
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SEM CLASSE MÉDIA

Equipes são forçadas a achatar os salários da maioria dos jogadores para viabilizar a corrida em busca dos supercraques
Como o sucesso da NBA está amparado em uma grande estratégia de marketing, os times precisam de atrações para sobreviver -aparecer na TV, poder cobrar mais caro por ingressos, faturar com merchandising...
Isso levou à hipervalorização dos grandes jogadores. É por isso que a NBA paga hoje os mais altos salários do esporte mundial.
Michael Jordan, merecidamente, lidera o ranking dos mais bem pagos. Serão quase US$ 36 milhões para jogar oito meses.
O Cleveland, por exemplo, dispensou todo o time titular para fisgar um desses peixes grandes, o ala-pivô Shawn Kemp (US$ 107 milhões por sete anos de contrato).
O Minnesota foi além. Empenhou dinheiro que não tem, 138% do valor de seu patrimônio, para manter os serviços do ala-pivô Kevin Garnett (US$ 125 milhões/seis anos).
A caça aos craques, porém, gerou efeito nefasto para a maioria. Como a folha de pagamento tem um teto (medida da liga para evitar a hegemonia dos mais ricos), os times achataram o salário dos "pernas-de-pau".
O pagamento médio continua girando em US$ 2 milhões. Mas, se no ano passado 110 dos 400 jogadores ganhavam o mínimo exigido pela liga (US$ 247,5 mil/ano), neste ano esse número já saltou para 150.

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