São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997 |
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Dicção caipira prejudica 'Ostra'
MÔNICA RODRIGUES COSTA Num cenário luminoso e alegre de um fundo de mar, Bentinho e Glorinha contam a história de Linguarudmila, a ostra de língua careca -careca porque ela não tem pérola, como acha que todas as outras têm.Por isso, ela sai à procura de alguém que possa curá-la. Encontra-se com vários personagens, representados por atores com figurino e adereços coloridos. No final da história, o molusco descobre que sua pérola é o seu coração. Não há justificativa para a dicção caipira do espetáculo. Que tipo de relação pode surgir entre o fundo do mar, a dicção caipira e um teatro para crianças? O clichê de que criança fala errado? Se for isso, a montagem erra ao infantilizar o discurso infantil. As letras das músicas são difíceis de compreender. Letras complicadas, longas, e o canto desafinado. O rap do polvo é a melhor canção. * A OSTRA DE LÍNGUA CARECA - Texto e direção: Márcio Tavolari. Com: Evandro Amorym e Cinira Fiuza. Cacilda Becker (r. Tito, 295, Vila Romana, região noroeste, tel. 864-4513). 216 lugares. Indicada para crianças de 6 a 12 anos. Sáb. e dom.: 16h. Até 30/11. Ingr.: R$ 6. Texto Anterior: Terraço tem novo 'chef' e decoração Próximo Texto: Bowie flerta com música eletrônica Índice |
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