São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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A GAROTA DA HORA

Transformada em barca de sushi pelo próprio marido, Oswaldo Kaneko, 38, dono de um restaurante japonês, a mulher-mesa-viva Mariko Kaneko, 34, explica o fetiche do casal. Oswaldo gosta de exibi-la aos clientes, e ela, que esteve no "Faustão" no domingo passado, sente prazer em satisfazê-lo. Em entrevistas separadas, eles falam mais sobre o assunto.

Você não se sente usada pelo seu marido quando faz o "sushi erótico"?
Isso é uma coisa muito íntima da gente. O Oswaldo sente prazer em me ver desejada por outros homens. A gente faz o que muito casal gostaria de fazer, mas não tem coragem.
Vocês são casados há quanto tempo?
18 anos.
Para você, então, o fato de se expor para outros homens, com seu marido assistindo, estimula o relacionamento íntimo entre vocês?
Com certeza. Não é fácil manter o interesse do marido por tantos anos. O Oswaldo é o tipo do cara curioso, que gosta de mulher bonita e, se deixar, pula a cerca. Eu tenho que ser muito criativa.
Já tomaram você por uma garota de programa?
Não. O Oswaldo está sempre do meu lado e os clientes acabam sabendo que eu sou mulher dele.
Ah, ele avisa antes?
É, dá a entender.
Você já foi espetada por um rashi (talher japonês)?
Imagina. Sou muito respeitada.
Quanto tempo você fica deitada no sushi erótico?
Uma hora.
Já sentiu coceira?
Se for em um local muito indiscreto, peço a alguém que esteja por perto, trabalhando, para liberar o meu braço. Eu mesma vou bem delicadamente com a mão no local da coceira.
Os clientes dizem coisas quando se aproximam?
Quando estão em turma, eles fazem comentários entre eles. Alguns dizem baixinho o que têm vontade de fazer comigo. Chamam para ir ao banheiro, coisas assim. Eu não vou, claro.
O Oswaldo não tem ciúme? Eu conto tudo que ouço para ele.
Tudo mesmo?
Tudo. Ele gosta de ouvir. Faz parte do fetiche.
Nenhum cliente tenta atacar você enquanto "barca"?
Público de restaurante japonês é mais elitizado.
Por mais elitizado que um homem seja, é difícil manter a naturalidade diante de uma mulher nua em uma barca.
Eu mesma me surpreendo com a delicadeza dos homens ali. Acho que a maioria encara aquilo como um ritual erótico sofisticado.

O MARIDO RESPONDE:
Você ouve muitas declarações de amor à sua mulher?
Muitas. Tem homem que se aproxima e diz: "Eu estou apaixonado pela sua mulher.
Como você se sente?
Eu fico na minha. Uma coisa é a minha mulher ser desejada, a outra é ela desejar alguém. Se ela é desejada, eu até gosto.
Alguém já ofereceu a você dinheiro para transar com ela?
Sim. Houve um cliente que chegou a ir até a cozinha, deixou uma caixinha para ela. Eu, particularmente, gostaria muito que ela posasse para a Playboy.
Você pensa no dinheiro quando fala na revista?
O dinheiro é o de menos. O que me seduz é a idéia de vê-la nua na revista.
A Mari é exibicionista?
Nunca foi. Agora está. Ela anda muito mais charmosa. Aprendeu com os gays.
Com os gays?
Os gays adoram a Mari.
É uma frequência espiritual. Aliás, muita gente acha que eu sou gay. Na verdade, aprendi muito com eles. Depois que comecei a desmunhecar, passei a entender mais as mulheres.
Além de expor a Mari no "sushi erótico", você tem alguma outra fantasia com ela?
Sim. Há uma modelo, que eu não vou dizer o nome, que eu gostaria de ver tocando a minha mulher. Eu sentado, só observando.

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