São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
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Vai sobrar para o social; Bola de cristal; Credibilidade baixa; Política de cangaço; Sem alternativa; Furo por todos os lados; Relação azeda; Devolvendo a bola; TV na mira; Descendo a ladeira; Não é piada; Recorde ingrato; Jogo paralelo; Canoa própria; Refúgio feminino

Vai sobrar para o social
Técnicos do Orçamento do Planejamento já estudam novos cortes na liberação de verbas em 97. A meta é aumentar o superávit primário, que não leva em conta os juros, para criar um fato positivo em meio à crise.

Bola de cristal
Apesar da explosão dos juros, o governo não precisará mexer no Orçamento de 98. A proposta enviada ao Congresso é bem folgada: autoriza gastos de R$ 37 bi no pagamento dos juros, previstos, antes da crise, em R$ 21 bi.

Credibilidade baixa
Os deputados temem levar calote do governo na liberação de verbas do Orçamento. Avaliam que a necessidade de melhora das contas públicas será uma boa desculpa. Ficará mais difícil comprar o apoio às reformas.

Política de cangaço
Depois da conversa com Benedita da Silva, quinta, Arraes teve um rasgo de sinceridade: "Não entendo a política do Rio, que é muito complexa. Lá em Pernambuco não tem acordo. O PT é majoritariamente contra mim".

Sem alternativa
Aumentou a confiança dos oposicionistas do PMDB de que Roberto Requião não desistirá de disputar a Presidência. Razão: o PMDB paranaense está cada vez mais próximo de Álvaro Dias (PSDB) na eleição estadual.

Furo por todos os lados
Está fazendo água a aliança do emergente PSB com o velho PDT em Sergipe. Os dois partidos não abrem mão da candidatura a governador. Os socialistas querem Antônio Carlos Valadares. Os brizolistas, Jackson Barreto.

Relação azeda
PT e PC do B estão se engalfinhando em São Paulo por causa da disputa pelo sindicato dos motoristas de ônibus da capital. A entidade é considerada estratégica por seu poder de parar a cidade durante greves gerais.

Devolvendo a bola
De Sílvio Torres (PSDB), sobre Jacques Wagner (PT) dizer que a comissão sobre parlamentarismo da Câmara vai acabar defendendo a monarquia: "Ou ele não conhece a idéia, ou há uma facção monarquista no PT, pois a emenda é de Eduardo Jorge".

TV na mira
Marta Suplicy (PT) já recebeu, de Hugo Napoleão (PFL), apoio para o fechamento de comissão do Senado sobre controle da TV e, de Luís Eduardo (PFL), aval para a criação de comissão mista. Agora, brigará pela relatoria.

Descendo a ladeira
É muito ruim a avaliação que o Planalto faz da gestão de Carlos Albuquerque (Saúde). A palavra mais usada por interlocutores de FHC para defini-la é desastre. Sobre o corte de verbas para a pasta, porém, não dizem nada.

Não é piada
Roseana mandou mensagem para FHC: Sarney apoiará a sua reeleição. Agora, ele se diz contra para se valorizar. Na convenção do PMDB, trabalhará a favor, mas debaixo dos panos. Só depois, já aprovado o apoio, é que ele se manifestaria.

Recorde ingrato
O líder comunitário Wagner Sugamele (Cambuci) e um grupo de paulistanos tentarão entrar para o "Guiness" com a maior marmelada do mundo, dedicada a escândalos não apurados. Querem distribui-la neste mês em frente à casa de FHC.

Jogo paralelo
Depois que saiu do PT, Vitor Buaiz (ES), que diz não ser candidato, continua em cima do muro em relação à eleição de 98 para governador. Seu grupo político, porém, já trabalha pelo senador Gerson Camata (PMDB).

Canoa própria
A direção do PSB paulista anda de calculadora nas mãos: faz contas para saber se teria sucesso uma chapa própria nas eleições de deputados em 98, opção preferida à coligação com o PT.

Refúgio feminino
O Conselho Estadual da Condição Feminina vai montar mais dois abrigos para mulheres vítimas de violência em São Paulo e reformar o único existente. O dinheiro virá do governo federal.

TIROTEIO
Do líder José Machado (PT), sobre Kandir dizer que a plataforma dos partidos de oposição é o "beijo da morte na credibilidade para conduzir o país":
-É um mero jogo de palavras com o qual não dá nem para discutir. O fato é que a situação de vulnerabilidade do país a que assistimos foi criada pela política imposta pelo governo atual.

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