São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
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IM reprova mais peruas em São Paulo

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

As peruas de lotação e usadas no transporte escolar e os ônibus alternativos (ex-clandestinos, que hoje rodam legalizados) foram os veículos que apresentaram o mais alto índice de reprovação e rejeição no primeiro mês de aplicação do IM -exame que mede a emissão de poluentes e ruídos, criado em outubro pela Prefeitura de São Paulo.
O índice de rejeição também foi alto, de 12%. As peruas e os ônibus alternativos são movidos a diesel.
Rejeição
Um veículo é rejeitado (não é feito exame nele) quando seu sistema de escapamento se encontra muito modificado, não permitindo assim que seja feita uma medição adequada do nível de poluição que emite.
Os índices de reprovação e rejeição entre os 6.875 veículos movidos a gasolina e gás natural e álcool (em sua maioria táxis e kombis) testados foram, respectivamente, de 17,2% e 6,9%.
Entre os 1.896 ônibus das concessionárias municipais (também movidos a diesel) que foram inspecionados até o último dia 30, a taxa de reprovação foi de 12,1% e a de rejeição, de 2,9%.
Bomba aberta
Ivan Pio de Azevedo, diretor-presidente da Controlar, empresa privada selecionada pela prefeitura para aplicar o IM, apontou a causa de reprovação entre as peruas de lotação.
"As peruas carregam muitas vezes excesso de peso e, para aumentar a potência, alguns motoristas abrem a bomba de combustível, o que provoca um aumento no consumo de diesel e no nível de emissão de poluentes", disse Azevedo.
Todas os veículos que foram reprovados no IM não passaram no quesito emissão de poluentes.
Teste de ruído
Segundo Azevedo, o teste de ruído está sendo feito apenas em caráter experimental nos veículos, mas ainda não reprova nenhum automóvel.
Até o final da ano, a prefeitura estará aplicando o IM apenas nos veículos de uso intenso da cidade (táxis, lotações legalizados, peruas de transporte escolar, ônibus alternativos e ônibus das concessionárias municipais).
Só a partir de março de 98 o exame se tornará obrigatório para todos os veículos de passeio com placa da capital.
Reprovado
O teste custa R$ 17,95. Quem é reprovado pode refazer o exame gratuitamente desde que vá a um posto de inspeção em até 30 dias.
O motorista que não fizer o IM dentro do calendário estabelecido pela prefeitura fica sujeito a multa de cerca de R$ 275.

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