São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997![]() |
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Ajuste após eleições é arriscado
ANTONIO CARLOS SEIDL
"A volatilidade internacional torna vulnerável a estratégia brasileira de financiar os déficits externos com a privatização de empresas e a entrada de investimentos externos", disse. Segundo ele, essa estratégia é extremamente arriscada no momento porque uma de suas hipóteses, que era a tranquilidade do mercado financeiro, não se cumpriu. "A estratégia econômica para a reeleição recomenda como prudência uma mudança de rumo, que é acelerar o ajustamento fiscal e as reformas estruturais" (administrativa, fiscal e previdenciária). Leme disse que o ajustamento fiscal é impopular, mas, diante do quadro externo, a única decisão que cabe ao governo agora é definir quando vai ser feito o ajustamento. "Quanto mais for adiado, o ajustamento será mais custoso nesse ambiente internacional incerto", disse. "Se a medida é impopular hoje, ela vai ser muito mais impopular se o choque externo se agravar. Essa é a escolha do governo." Leme disse que a desaceleração da economia vai causar queda do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, o total de riquezas produzidas pelo país durante um ano) para 3% neste ano e para 2% no próximo. (ACS) Texto Anterior: Elevar juro foi decisão acertada Próximo Texto: Mulheres lançam livro hoje na Folha Índice |
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