São Paulo, terça-feira, 4 de novembro de 1997
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Leitores têm suas dúvidas esclarecidas

DA REDAÇÃO

O serviço Folha Emergência vem recebendo perguntas de leitores sobre a crise nas Bolsas e a alta dos juros. Leia, a seguir, as respostas para algumas perguntas selecionadas pela redação.
1) É mutuário do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e tem um saldo devedor. É o momento de amortizar a dívida ou deve esperar um pouco?
As pessoas fazem dívida porque não têm dinheiro para pagar à vista. Se conseguem dinheiro para liquidá-la, devem fazê-lo. Mas é bom conferir se o contrato é coberto pelo FCVS. Se for, o resíduo de dívida ao final do contrato será responsabilidade do governo, e não do mutuário.
2) Tinha saldo em 30 de outubro num fundo de renda fixa e no dia seguinte o saldo estava menor. Quer saber o motivo dessa alteração, uma vez que os bancos dizem que os cotistas de renda fixa não perderam com a queda da Bolsa.
Os fundos de renda fixa tinham títulos prefixados (com juros predeterminados) em carteira que rendiam no patamar de 1,6% ao mês. Se querem passar para o patamar de 3% imediatamente, têm de ajustar o valor da cota para baixo e depois render mais.
3) Qual a diferença entre o rendimento dos fundos DI (Depósito Interbancário) e o dos outros de renda fixa?
Nos fundos DI, o rendimento acompanha mais rapidamente a oscilação diária (over) dos juros. Nos outros, o rendimento reflete os juros de títulos prefixados. Quando os juros sobem, os DI são vantajosos. Mas, se os juros caem, os outros fundos ganhariam porque títulos prefixados garantem juro maior para frente, quando o juro diário já estará mais baixo.

O serviço Folha Emergência, da Agência Folha, recebe perguntas pelos telefones (011) 224-3305 e 224-3505, das 8h às 21h, de segunda a sexta. Respostas selecionadas serão publicadas ao longo da semana. Os profissionais da Agência Folha não responderão às perguntas.

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